domingo, 29 de março de 2015

Pequena Guerreira

Em um lugar muito muito distante, nomeado como Saint Lake, vivia uma garotinha que atendia pelo nome de Giulia.
Giulia morava com seus pais e suas duas irmãs em uma pequena casinha, localizada no campo. Seu pai e sua mãe eram pessoas muito trabalhadoras e esforçadas. Suas irmãs, a pesar de muito jovens ainda, ajudavam com o que podiam dentro de casa. Entretanto, a vida não era tão generosa com aquela pequena família. Eles passavam muitas dificuldades no campo, plantavam, colhiam e vendiam. Tinham algumas criações de galinhas, mas pela falta de comida, não eram tão graúdas e não valiam tanto no mercado.
Ela, que era a irmã do meio, tomou uma decisão um dia e fez uma promessa à se mesma e à sua família: “Eu mudarei nossa vida! Eu viajarei e hei de adquirir novas habilidades, para voltar para casa com dinheiro o bastante para tornar nossas vidas melhores!”. Dito isso, na manhã seguinte nossa pequena aventureira parte sem rumo. Não sabia para onde iria, não sabia por onde deveria começar, apenas seguia em frente com sua pequena trouxa de roupa junta a seu corpo.
Passando por um pequeno vilarejo, bem próximo à sua casa, ela se depara com um guerreiro, desbravando desafios incalculáveis e demasiadamente perigosos! Giulia se espanta um pouco, mas não consegue reagir. E como estava permaneceu ali, parada. Após alguns minutos de bravos golpes e defesas, o guerreiro vence. Ao ver que estava sendo observado, se aproxima gentilmente e diz: “Vida difícil, não?”. Sem conseguir falar, nossa pequena desbravadora apenas acena que sim com sua cabeça. O guerreiro continua: “Meu nome é Victor. Sou um guerreiro design. Venho treinando há alguns anos para salvar o que chamamos de clientes! Colorimos a vida dessas pessoas e derrotamos quem impeça seu crescimento.”. Giulia ainda sim não consegue reagir, estática em seu lugar, agora com olhos três vezes maiores que o normal, ela parece estar encantada e espantada ao mesmo tempo. Victor se aproxima da garota e diz: “Posso lhe ajudar? Creio que este caminho seja um pouco tortuoso para uma menina tão jovem e tão pequena.”. Ela enche seu peito de ar, seu coração de coragem e num ato de desespero, solta uma frase enorme sem pausas: “MEU NOME É GIULIA VENHO DE SAINT LAKE PROMETI A MINHA FAMÍLIA QUE IRIA AJUDÁ-LOS A MELHORAR DE VIDA MAS NÃO SEI POR ONDE COMEÇO NEM O QUE DEVO FAZER SOMENTE SEI QUE IREI!”. Victor de repente está em cores e segurando alguma risada sem graça, olha para o lado e diz: “Siga nessa direção. Em três dias de caminhada você irá encontrar outro pequeno vilarejo. Pergunte à primeira pessoa que encontrar onde poderá conhecer o Sensei YouTube.”. Ela cumprimenta o guerreiro com um ojigi e parte na direção orientada.
Passados seus três dias de caminhada, Giulia chega ao vilarejo. Encontra-se com uma pequena e curvada velinha. Com muito cuidado para não assustá-la ela se curva também e pergunta: “Bom dia, minha pequena senhora. Poderia me dizer onde posso encontrar o Sensei YouTube?”. A velinha olha para o lado, com um sorriso demasiado cativante e olhos apertados pela idade e diz: “Suba a Montanha do Navegador e encontre uma casinha vermelha e branca. Ele estará lá!”. A pequena guerreira sente um arrepio inacreditável em sua espinha e volta para a senhora: “Muito obrigada! A propósito, qual o nome desse vilarejo?”. “Você está em Internet, minha querida. Um lugar sem limites e com muitos perigos!”, respondeu a velinha que ainda levava o sorriso no rosto. Giulia a cumprimenta também e parte rumo à montanha.
Após algumas horas sem descanso, nossa aventureira chega ao cume da montanha e se depara com a casinha citada. Era um lugar aconchegante, com muitas pinturas em aquarela, todas em preto e vermelho gravadas em papeis incrivelmente brancos, mas, sem nenhuma porta. Giulia bate palmas diversas vezes mas nada acontece. Resolve então gritar: “SENSEI YOUTUBE!”. Uma voz desconhecida, mas um tanto quanto suave, vinda de um lugar desconhecido responde: “Diga o que você quer, escolha uma janela e irei lhe atender.”. Ela continua a gritar: “Quero virar uma guerreira! Quero virar uma guerreira e melhorar a vida de minha família! Quero voltar para casa e levar a felicidade comigo.”. A voz se personifica e aparece em uma das pinturas. Um senhor de sobrancelhas grossas, bigodes lisos e compridos e olhos apertados lhe diz: “Seu pedido é muito vago. Preciso saber o que você realmente quer, para poder lhe ajudar.” Giulia senta, cruza suas pernas e conta sua história até o dado momento. Alguns minutos de conversa se passaram e magicamente a janela se tornou um portal, o senhor de olhos apertados se dispõe do lado de fora do portal e diz: “Você tem muita coragem e tem muito ainda que aprender. Meu nome é Sensei YouTube. Me acompanhe por favor.”. Ela balança fortemente a cabeça para baixo, se levanta e entra no portal.
O sensei então começa a caminhar por um extenso corredor escuro, seguido de Giulia, e dá início ao seu ensinamento: “Você conheceu o guerreiro Victor, que lhe mostrou o caminho do que chamamos de Caminho da Criação. Onde cada um escolhe qual rumo irá tomar, mas todos com um objetivo único, colorir e mostrar a essência da vida às pessoas. 
Irei lhe passar alguns treinamentos e você terá que derrotar alguns dos meus maiores vilões: O Travado Drawl, da família Corel e os três irmãos da família Adobe: Diagramador InDesign, Desenhista Illustrator e, por fim, Milagreiro Photoshop. São estes os vilões principais, a chave de entrada para o Caminho da Criação. Se não conseguir derrotar algum destes infelizes, não poderá seguir por este caminho.
Lhe digo com de antemão: NADA na vida é fácil. E quem desiste de seus desafios, continua a ser ninguém.
Você está pronta para começar?”. Giulia acena que sim. E então Sensei YouTube diz: “Que comecem os treinamentos!”
Golpes como vetorização, disposição, editoração, criação e vários outros são ensinados e aprendidos. O esforço de uma pequena garota, que aos poucos ia se tornando uma grande guerreira era notório e inspirador! A determinação que Giulia carregava em seus olhos junto à esperança em seu peito, inspiravam quaisquer pessoas que estavam por perto e viam seu treinamento. “Você nasceu para isso, Giulia!”, “Seu esforço é incrível, Giulia!”, “Estamos torcendo por você”, foram algumas das frases que ela ouviu ao longo de seu treinamento, mas sempre focada em ficar cada vez melhor, ela nunca deixava que esses elogios lhe subissem à cabeça. Sabia que havia muito mais coisas a aprender!
“Você está pronta, Giulia!”, disse o sensei e continuou: “Eu não sou o maior mestre dessas artes, mas tudo que lhe podia ensinar eu ensinei. A primeira fase do seu treinamento está completa! Você é uma guerreira agora! Mas lembre-se: VOCÊ AINDA TEM MUITO PELA FRENTE! Saia em busca de novos desafios, procure se especializar em algo e, acima de tudo, vá para o Dojo Univers e torne-se uma guerreira anos luz melhor que quaisquer outras pessoas nesse mundo!”. Nossa, agora grande, guerreira cumprimenta o Sensei YouTube e diz: “Muito obrigada por tudo! Sem o senhor, provavelmente continuaria sendo ninguém!”. Dá as costas e parte.
Giulia prolongou sua viagem, resolveu passar por outros vilarejos e conhecer diferentes estilos de vida. Passou por um que chamava Acontece, onde os moradores viviam especialmente para realizar casamentos e festas para seus moradores. Passou também por um chamado Level Up, onde as pessoas faziam placas e mais placas para sinalizar os lugares e os comércios. Conheceu um lugar chamo CEM, onde a especialidade eram papeis com escritas, coloridos e brancos, grandes e pequenos.
Depois de algum tempo, Giulia volta para casa, para rever sua família. Põe um saco com uma certa quantia em dinheiro na mesa da cozinha e diz: “Eu não cumpri minha promessa. Apenas parte dela. Mas irei cumprir. Irei me tornar uma pessoa cada vez melhor, que consiga vencer cada vez mais desafios e aprender cada vez mais com o que me cerca. E farei isso por amor a vocês, meus maiores bens!”.
Hoje, nossa grande guerreira vaga por ai, buscando cumprir sua promessa, aprendendo e ensinando. E se tornando cada vez maior.



quarta-feira, 23 de março de 2011

Mundo Digital vs. Mundo Real

Bem-vindo ao século XXI. Onde vemos novelas, noticiários, jogos, clipes musicais, desenhos, filmes, conversamos com pessoas, mas não pessoalmente, vemos pessoas, mas elas não estão em nossa frente. Seja bem-vindo a era da Inclusão Digital.
Há tempos atrás, pesquisas eram feitas com livros, enciclopédias e ajuda de pais ou pessoas mais velhas. Hoje, pesquisas são feitas em computadores, com a ajuda da internet e de desconhecidos que nela navegam.
Brincadeiras eram nas ruas, com pessoas reais. Não existiam novelas, apenas teatros, com pessoas reais. Grupos de estudos não eram feitos por bate-papo na internet, eram pessoas reais, cara a cara.
Infelizmente, hoje, as coisas se tornaram muito mais artificiais, forçadas e ilusórias. As pessoas estão se distanciando cada vez mais, mas ao mesmo tempo, estão muito mais próximas, mesmo que isso signifique não ver pessoalmente quem deseja. As coisas se tornaram muito mais distantes, no entanto, muito mais alcançáveis.
Computadores, internet, vídeo-games, redes sem fio, televisões digitais, imagens perfeitas, imagens que saem das telas, movimentos copiados, etc, etc, etc. Mundo digital, mundo real. Mundo real, Mundo digital. Considerem-se apresentados. E tirem o maior proveito possível desta relação, que aqui se constroi.


-Redação feita para um trabalho de filosfia. Devido ao sucesso da mesma, resolvi postá-la aqui. Igor, obrigada! Mas não, não farei Jornalismo!-

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Eternamente vendados.



Momento filosófico.
Dessa forma começarei meu texto do dia!
Eu sei, meio do nada, depois de tanto tempo... e ainda falo de filosofia...
Desculpem-me. Mas podem continuar lendo. Não irei decepcioná-los -creio eu-.
Então, vocês conhecem o "Mito da Caverna de Platão"? Irei resumí-lo para vocês. (Por favor, não vão embora! Aos que não gostam de filosofia, confesso que, essa parte poderá ser um pouco chata., mas depois, tudo ficará melhor. Prometo! — Ou tento)
Imaginem vários homens vivendo acorrentados em uma caverna escura, virados para uma parede, onde tudo que conseguem ver são imagens, projetadas por uma fogueira, do que acontece do lado de fora desta caverna.

Agora, imagine que um desses homens se liberta e sai da caverna.
Seus olhos não estão acostumados com a claridade, por isso, ele sente uma certa dor. Mas logo se acostuma com o novo ambiente.
E então percebe, que tudo que ele conhecia e via eram simples cópias das maravilhas que existiam no mundo lá fora.
Esse homem, volta a caverna, e tenta convencer a todos do que havia descoberto. No entanto, não é ouvido. As pessoas se recusam a acreditar que aquilo possa ser verdade. Elas querem continuar a viver naquilo que dizem ser a "verdadeira verdade".
Esse mito, é uma metáfora, que faz referência às pessoas ignorantes, que acreditam que tudo aquilo que veem e conhece é e sempre será a verdade (os moradores da caverna). E às pessoas que estão sempre em busca da verdade, do conhecimento (o homem livre).
Espero que tenham entendido. Pois esse pouco, será preciso para a compreensão do resto do texto. (Ou não. Vocês podem desistir aqui, no meio do caminho, por acharem um assunto chato. Mas continuo a dizer: Por favor, não se vão. Vocês não irão se arrepender.)
Platão dizia, que o mundo que conhecemos não passa de uma simples cópia do mundo das ideias. O modelo de cavalo que conhecemos (um animal de quatro pernas, que relincha e galopa), por exemplo, é um protótipo do cavalo perfeito, que só existe no mundo das ideias.
Digamos que o mundo das ideias, seja a forma de um confeiteiro. Esse confeiteiro, fará 100 bolos, mas nenhum desses bolos sairão iguais, nem tão perfeitos quanto sua forma. Era, mais ou menos, isso que Platão nos propunha do mundo das ideias.
(Calma, não sou louca. Nem estou em uma crise de loucura. Pelo menos, acho que não...)
Vocês devem estar se perguntando, o que quero com tudo isso.
Eis o meu motivo:
Nós humanos, nos consideramos inteligentes. Seres supremos. De imensa sabedoria e conhecimento. ESTAMOS E SOMOS ERRADOS!
Se você parar para pensar. Nós, humanos, seres pensantes, nunca saímos da escuridão da caverna. Tudo que nós homens conhecemos, foi feito baseado em algo ou alguém que já existia. Uma ideia, uma ação ou um animal.
O homem não tem a capacidade de criar novas coisas. Pois ainda está vendado, ele acha que tudo que o cerca é o certo e o existente.
Por exemplo: um homem não consegue imaginar um animal novo. Um animal diferente de todos os outros que ele conhece. Sua mente não permite isso. Ele sempre fará junções de imagens já conhecidas para criar o animal mais estranho do mundo. Mas não um completamente novo.
Não, eu não sou diferente disso.
Não descobri a fórmula para o verdadeiro conhecimento. Nem sei se o quero.
Então por que escrevo isso aqui?
Escrevo para mostrar a vocês que, nós humanos, nos achamos demais para o pouco que somos.
Não somos seres superiores que conseguem pensar.
Somos seres inferiores, que conseguem modificar as coisas que já existem e uma certa hora, prejudicaremos alguém com isso.
Enfim, nós humanos vivemos no mundo que vivemos, porque estamos acostumados com isso. E isso não nos prejudica em nada. Então mudar para quê?
Vivemos no mundo em que vivemos e não queremos mudar isso, pois não nos é conveniente. Espero que um dia, todos nos acordemos. E assim, veremos o que realmente nos é importante.

OBRIGADA!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Na realidade

Nós, seres humanos, temos o maior defeito do mundo. Somos prepotentes e exaltamos muito essa prepotência.
Infelizmente, fomos criados para destruir tudo que nos cerca.
Tentar esquecer tudo de ruim que acontece e pensar somente em coisas boas é viver em uma Utopia.
Vamos ser realistas. Vamos acorda para ver o que está acontecendo.
Se criado para a destruição, o pessimismo não é um defeito do homem. Pode até ser sua maior virtude, afinal, estaria reconhecendo o que ele realmente é.
O mundo perfeito existiria, se os homens nunca tivessem pisado nele.


...

domingo, 7 de novembro de 2010

Luta Eterna


Em uma época, onde os haviam homens, herois e vilões. Onde crianças sonhavam em ter super-poderes, e os vilões, que eles não existissem. Onde a justiça era lei e era cumprida. Também havia EU. Não, eu não tenho super-poderes, não faço parte de uma liga e nem tenho uma identidade secreta. Eu, sou apenas eu.
Quem sou eu? Oh!, desculpem-me pela falta de educação. Meu nome é Giulia e, pelo visto, sou um "Zé Ninguém". Bom, pelo menos era isso que eu pensava. Há algum tempo, venho tendo a sensação de estar sendo seguida e vigiada por um super-vilão, o Dr. Animopólos.


(É, eu também acho ele um cara esquisitão. Já foi derrotado umas quinhentas vezes pela Mulher Incrível e não desistiu até hoje dessa vida. Fazer o que neh?! Pelo menos possui super-poderes.) Ele pode se comunicar e controlar animais nojentos e arquerosos. Vocês devem estar se perguntando o porquê de eu achar que ele está me seguindo neh?! Sem problemas, eu conto (rham! rham!):
Era uma quinta-feira. Nove horas da noite. Minha mãe viajava e minha irmã estava na faculdade. Eu estava sozinha em casa. Eu, Deus e meus cachorros. "DEUS! MEUS CACHORROS, TENHO QUE ALIMENTÁ-LOS!", foi isso que eu pensei quando olhei as horas no relógio. Corro para a sala, acendo as luzes e vou em direção ao saco de ração (a rima não era intencional). Me aproximo dele e o desencosto da parede. Quando sou surpreendida por ELA. Ninguém mais ninguém menos que ASTRIDE, a lagartixa do mal. O braço direito do Dr. Animopólos. Ela pula da parede, olha para mim, e diz: "Seu fim está próximo garota!" (risadinha maléfica).
Não consigo me mexer. Com os olhos fixos nela. Aquela coisa branca, asquerosa, nojenta e pequena na minha frente, apenas penso: "DEUS DO CÉU! TEM UMA LAGARTIXA CONVERSANDO COMIGO?!". Sinto minhas pernas tremerem e vejo que meu cérebro havia deixado de lado seu egoísmo de agir sozinho com pensamentos inúteis. Ele volta a mandar sinais para meus membros, não penso duas vezes e saio correndo. Passando pelo corredor, olho para trás e ela me persegue. Continuo correndo e chego ao meu quarto, pulo em minha cama e espero, extraordinariamente BESTA, pensando: "TÔ CORRENDO DE UMA LAGARTIXA?!". Passado alguns segundos, me levanto e vou em direção ao corredor e lá está ela, Astride com toda sua falta de formozura e beleza, olhando para mim, rindo e PUFT! ela desaparece como num passe de mágica.
Loucura não?! Minha primeira reação depois de tudo isso foi rir. Bom, não é todo dia que se é perseguido por uma lagartixa não? NÃO MESMO! Sabe por quê? Passado algum tempo, eu e Astride temos um novo encontro. Inesperado para mim, e mais que programado para ela. Eu estava fechando a porta da cozinha quando ELA surge das profundezas dos tijolos novamente, cai no chão e quica em minha direção como uma bolinha-perereca (aquelas que todo mundo já teve, que você põe uma moeda de um real na maquininha e a bolinha desce pelo escorrega em espiral). Agora, abismada, CONVERSO com a lagartixa: "Na boa, O QUE VOCÊ É?! Uma lagartixa que fala e que quica?! Pelamor... Cê não é de Deus não. BICHO DOS INFERNO!". Astride apenas ri e começa a correr em minha direção novamente. Eu, como toda essa coragem que não recebi dos ceus, saio correndo dela, de novo, subo em minha cama e converso comigo mesma: "Duas vezes? Quantas mil pessoas desse mundo são perseguidas por lagartixas????? NENHUMA! Só eu! Mais ninguém!!!!!!!" Volto para a cozinha e nem um sinal daquela pequena vilã branca.
Alguns meses se passaram, acontecimentos estranhos e encontros inesperados continuaram a ocorrer. Tais como, um sapo, CROQUETÃO era o nome dele, que estava me esperando no portão de minha casa. Ele hipnotizou minha mãe, para que ela me trancasse do lado de fora, mas ela saiu do transe e me libertou (apesar de ter me dado um cocão quando eu entrei).
Tive também dois encontros com as irmãs baratas Jaco&Bina. Que estavam sempre me esperando depois do banho em minha toalha, dizendo que me passariam vários germes e bactéria, que me causariam várias doenças e muitas outras coisas. Sem contar na vez que quase bebi o MariposaMan. O cara pousou no MEU COPO COM ÁGUA e quase entrou por goela abaixo com promessas de que destruiria meus órgãos e causaria uma infecção generalizada por dentro de mim.
É... meus dias não têm sido nada fáceis. Mosquitos e barbeiros se rebelando contra mim. Bichos-de-pé entrando por debaixo de minha unha... E para piorar a situação, sou alérgica a picadas de insetos. Não sei o porquê de todo esse ódio que o Dr. Animopólos sente por mim. Meus amigos e parentes dizem que estou ficando louca. Que não há lógica alguma de estar sendo perseguida por um super-vilão. Mas meu nome é Giulia, vou descobrir isso tudo. E de hoje em diante eu juro: NUNCA MAIS SAIO DE CASA SEM UM BOM REPELENTE!



P.S: essa história foi uma adaptação do que que aconteceu realmente. Sim, eu fui perseguida por bichos!...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Meu Pequeno Heroi

Um dia chuvoso, frio e perturbado.
Ando pela rua e vejo um pequeno garoto, com aparentes 8 anos. Pequeno, triste e trêmulo.
Quando passo ao seu lado, ele me olha. Não com um olhar normal de um mendigo que pede caridade, ele me olhou com os mesmos olhos que eu olhava para minha mãe quando sentia medo dos trovões e relâmpagos.
Tento continuar e seguir meu caminho, mas não consigo, não consigo tirar meus pés do chão, minha cabeça estava confusa, imagens minhas se mesclando àquela que tinha visto, em minha mente. Paro por um pequeno instante e me pergunto: "Porque ele está ali? Abandonado, esquecido e solitário?"
Comecei a pensar o que fazer, quais riscos correria se tentasse ajudar aquela criança. Não conseguia me controlar, terríveis cenas, que a sociedade implanta em nossas cabeças, indo e vindo em minha mente. Os ridículos medos que temos pela maldita divisão social. O horrendo preconceito passava por dentro de mim. Me sinto a pior pessoa do mundo por pensar assim, por poder cogitar qualquer possibilidade de que aquele pequeno ser me faria algum mal.
Fecho meus olhos, respiro fundo e me viro. Olho para um lindo rosto, amedrontado e suspeito. Estendo minha mão e vejo um sorriso iluminando tais feições. Retribuo a gentileza e o convido para fazer um lanche. Seu sorriso aumentou de tal forma, a quase alcançar suas orelhas. Tiro meu casaco e o cubro por cima dos ombros. Agora, não conseguindo esconder meus dentes a mostra em um sorriso, sinto uma sensação gostosa subindo pelos meus pulmões e me pergunto se é assim que uma mãe ou um pai se sentem ao acolher um filho.
Chego a lanchonete, sem conseguir pronunciar ao menos uma palavra. Aponto para um pão-de-queijo e um chocolate quente. O garoto balança sua cabeça positivamente. Sentamos em uma mesinha perto da janela e reparo que todas as pessoas olhavam para meu pequeno acompanhante com olhar de desprezo. E finalmente, consigo lhe dizer algumas poucas palavras:
_Esse é o mundo em que vivemos. Um mundo que não aceita diferenças. Infelizmente.
_Eles pensam que são únicos. Mas já vi muitos iguais.
Surpreso, pois não esperava uma resposta, olho para o garoto que ali me falava e novamente meu corpo trava. Não consigo reagir nem explicar o que acontecia. Ele tinha consciência do que estava acontecendo, do que sofria. Então, porque não fazia nada?
O silêncio volta a prevalecer. Apenas os sussurros ao longe. Prováveis comentários fúteis e preconceituosos sobre meu pequeno e ,agora, sábio acompanhante.
Mil perguntas me vinham a cabeça, Por que você vive assim? Sua mãe te abandonou? Seus pais morreram? Você tem vontade de estudar? Mas nenhuma delas era pronunciada. Então penso em uma que, talvez, fosse a mais importante:
_Qual o seu sonho?
Ele para por um momento, engole um pedaço do seu pão-de-queijo e toma mais um gole de chocolate:
_Meu sonho? Acho que é tomar banho...
BANHO? Tantas coisas e pessoas importantes que nos fazem falta e ele me diz BANHO? Olho para ele curioso:
_Banho? Por que escolheria um banho?
_Pois talvez seja o banho que faça das pessoas, seres normais. Todos que vejo na rua, me desprezam. Acho que é porque sou sujo. Não sabem onde moro, ou o que faço, como podem me julgar? Queria poder tomar um banho para poder ser visto de outra forma. Para as pessoas olharem para mim e, talvez, sorrirem. Pessoas limpas se cumprimentam. Se abraçam e se beijam. Nunca ganhei um beijo, nem de minha mãe. Queria tomar um banho, para poder saber o que é um abraço e o que é um beijo. Não quero ser igual a eles_ disse passando o olho por toda lanchonete_ já existem muitas iguais. Só queria saber o que é ser amado ou ao menos querido por alguém.
As palavras me travam. Não consigo pensar. Não consigo me mover. Com os olhos fixos naquele pequeno ser.
Ajo por instinto, um reflexo que nunca é controlado. Me levanto, chego ao outro lado da mesa e dou um abraço no garoto dizendo:
_Essa é a sensação de ser amado e querido. Prazer, meu nome, é Pai!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tudo Pelos Deuses do Rock



Existe alguma coisa melhor nesse mundo do que se sentir realizado por algum motivo?
Creio eu que não... Mas existe alguns fatos que deixam essa realização muito mais prazerosa...
Pense: você no melhor show, da melhor banda do mundo (se discorda, você com certeza não sabe o que é música de verdade), aos seus 15 anos de idade, na maior cidade do seu país, escondido de seus pais. Pensou? Ah! E inclusive, alguns de vocês que não sabem que banda é essa, repito e acrescento: você não sabe o que é música de verdade e também não me conhece. Mas, para não que fiquem curiosos, eu explicarei. E em apenas 9 letras: M-E-T-A-L-L-I-C-A. Continuando... agora acrescente em seus pensamentos uma energia... Eu quero que pensem apenas para mostrar que a energia que eu senti é bem mais forte e mais gostosa do que qualquer uma. Acrescente também, a melhor sensação que VOCÊ sente, a que eu senti foi melhor. Não me importa nada que você pensou, pois independentemente disso, não existe nada nesse mundo que possa ser comparado a ela.
Juro que não consigo explicar de modo concreto o que foi , não pensem que estou fazendo comparações, pois fazer isso, seria tanto absurdo, quanto impossível, mas estou TENTANDO dar uma noção para que você tente assimilar a algo, pois não importa o que você pense. O que eu fiz, vi e senti, será sempre melhor!!!!
Acho que já falei muito o quanto foi maravilhoso. Mas fiquei dias e dias pensando nos melhores acontecimentos durante a viagem de ida e de volta para lhes mostrar que pelo METALLICA, eu faço TUDO.
Então, agora, conto de forma resumida como foi minha viagem de ida: Eu me sentia tensa, cansada e com dor no pescoço (dormir em ônibus não é nada confortável), mas não fiquei extressada em momento algum, pois o que me aguardava, na grande cidade de São Paulo, faria valer a pena cada sofrimento. Cheguei em São Paulo e estava chuvendo, pensei: "MERDA!", mas logo em seguida: "RELAXA GIULIA... ESSE É O MOMENTO MAIS IMPORTANTE DA SUA VIDA, NADA DO QUE ACONTECER VAI ESTRAGAR ESSE MOMENTO". Claro, que na hora veio um tanto de pensamento ruim, afinal, isso é coisa de ser humano. Mas na mesma hora, os pensamentos ruins foram embora, e eu voltei a pensar no show. No que estava me esperando a alguns metros de onde eu estava e daqui algumas horas. Assim que descemos do ônibus foi aquele desespero "Pra onde que eu vou... Tenho que liga pro povo... Caraaaii!!!! Quero ir no banheiro!!!!!!" Então, um problema solucionado, fomos para a frente de um shopping e usamos o banheiro dele. Agora na companhia de quatro pessoas, Lulu, Tiago, Fedoca e Felipe. Depois de um problema solucionado, tentamos solucionar outro: celulares em mãos e mensagens sendo enviadas, botões de "SEND" e "END" sendo bastante usados.
Nos comunicamos com alguns outros amigos que já estavam na cidade. Então decidimos ir para o estádio. Pronto, dois problemas resolvidos de uma única vez. Mas quando me dei conta, surgiram dois problemas ainda maiores: ansiedade e demora. Eram 12:00 horas, os portões iriam abrir somente às 16:00 e o show só começaria às 21:00.



MUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIITO tempo depois, os portões se abrem. Até então, nunca tinha me sentido tão eufórica. Agora não me importava mais quanto tempo iria demorar para começar o show, eu estava lá dentro. Era CERTEZA, eu iria ver o show do METALLICA. Corri igual uma louca quando entrei no estádio, a euforia era tanta que eu nem conseguia parar de rir.
Quando achamos nossos lugares, o tempo virou na cidade virou, de um céu fechado de nuvens cinzas, pulamos para um céu aberto, com um imenso sol brilhante e MUITO quente. Mais idaí?! TUDO POR METALLICA. O tempo foi passando, o calor matando e eu sobrevivendo, não podia me dar ao privilégio de passar mal, não ali, nem naquele momento.
Depois de mais um longo tempo de espera, me senti realmente nervosa, o show do Sepultura não acabava! E reforcei uma conclusão: SEPULTURA é uma MERDA!!! Mas nunca tirei da minha cabeça o pensamento: "TUDO POR METALLICA".
Quando eu menos esperava, o show ruim havia acabado, e mais algum tempinho ia correr até o GRANDE MOMENTO.
Eu e as pessoas que me acompanhavam, estávamos conversando de boa para o tempo passar mais rápido... Ai DO NADA, DO--NA-DA, ouvimos o som de uma guitarra e de uma bateria, meu coração subiu até a boca, a galera foi ao delírio, maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas... Não era o METALLICA, eram só dois carinhas passando o som para a banda.
Finalmente!!!!!!!!!, os telões são ligados, uma musiquinha muito emocionante começa a tocar, a banda entra no palco, meus olhos se enchem de lágrimas. Começam a tocar "Creeping Deth", no momento que eu escutei a bateria do Lars no início da música comecei a chorar, um calor inexplicável tomou conta do meu corpo e na hora que ouço a voz do James, eu começo a chorar mais ainda, pensando: "VÉEEEEEEEEEEEEEEEEI, EU TÔ AQUI, QUANTAS PESSOAS DARIAM TUDO PARA ESTAR E EU ESTOU?!!! SOU A PESSOA MAIS FELIZ DO MUNDO!!!" Me senti extremamente feliz, tão feliz como nunca tinha me sentido antes. A música foi tocando, e eu chorando e cantando e gritando e sem acreditar que eu estava realmente ali... Então bem no meio música. Ela pára, e todo o estádio começa a gritar: "DIE! DIE! DIE!". NUSSSSSSSSSSSSSS, fiquei toda arrepiada... E ela continua.
O show foi acontecendo, as músicas foram tocando e eu me sentindo cada vez mais feliz, e pensando que não tinha como eu ficar mais feliz do que já estava... Mas eu sempre me surpreendia... Até que a música "Fade To Black" começa a tocar, quando escutei o iníco da música, não aguentei e chorei quatro mil e quinhentas vezes mais do tinha chorado antes. No ritmo da música eu ia balançando minha cabeça e tocando minha eterna guitarrinha imaginária.
O show foi acontecendo, músicas foram tocadas e acompanhadas pelo público. Até que em um momento eu olho para o Zé e digo: "EU QUERO "One"". Depois disso, um silêncio predomina... Comecei a escutar barulhos de tiros e ver fogos de artifício estourando no palco no rítimo em que os tiros eram disparados. O solo da guitarra que inicia e a música é tocado, "e a galera vai a loucuraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!" De novo olho pro Zé e digo: "É SÓ PEDIR!!!" Não aguentei a emoção e chorei de novo!!!
Vocês devem estar achando engraçado eu não estar falando o tanto que o James estava lindo e charmoso, mas infelizmente sou muito pequena, e todas as pessoas que estavam na minha frente me impediam de ver o show. Até que em um momento sou iluminada por Deus e começo a passar mal. Sei que é pecado falar isso, mas foi uma das melhores coisas que tinha me acontecido. Fui levada para uma área onde tinham algumas pessoas do corpo de bombeiros, no momento estava tocando "Sad But True", meu mundo estava girando, eu não conseguia respirar, mas também não conseguia parar de olhar para o palco e rir. Eu estava passando mal sim, mais foi minha melhor chance de ver a banda. O engraçado é que a bombeira que estava cuidado de mim, devia estar achando que eu estava drogada, mas JURO, não estava. Eu não conseguia ficar em pé, mas o sorriso que tomava conta do rosto não sedia! Finalmente passou, voltei para meu lugar e para a concentração absoluta para o show. (Zé, obrigada por ter me levantado tantas vezes, mas nesse momento, sem dúvida, eu tive a melhor visão do show).
MASTER! MASTER!!!
"Master of Puppets" foi a músicas que mais me tirou do chão, foi a música em que eu mais gritei, foi a música em que eu mais arrepie!
Tão emocionante quanto isso tudo, foi quando o James pegou o violão e começou a tocar "Notting Else Mettres". De novo meu instrumento imaginário entra em ação, dessa vez meu violão, começo a acompanhar o James e o Kirk, tanto na melodia quanto na letra. E de novo começo a chorar. (Não sei, até hoje, de onde meu organismo tirava tanto líquido para eu ter chorando tantas vezes como chorei. Afinal, durante esse tempo todo, tinha tomado no máximo um litro de água.)
Minha voz ia acabando, mas eu não estava nem aí... Eu tinha que cantar e gritar. Fazia parte do que eu estava vivendo...
Músicas eram tocadas e eu ficava cada vez mais feliz. Até que a música "Enter Sandman" começa, eu balançava minha cabeça, eu ficava louca, emocionada, eufórica, mas foguetes explodem no palco... mais arrepios... mais gritos... e com isso menos voz... De novo: "E DAÍ?! TUDO POR METALLICA."
EMOÇÃO, EMOÇÃO, EMOÇÃO.....
O público começa a gritar: "SEEK AND DESTROY, SEEK AND DESTROY!!!!" E então o James resolve conversar com a gente, ele pergunta: "YOU LIKE THE SONG ?" Nos respondemos: "YEAAAAH!!!!" Ele pergunta: "WHY DO YOU LIKE THIS MUSIC?" "YOU LIKE THIS MUSIC FOR THE LYRICS IT IS EASY TO SING?". Todos começam a rir, e mesmo sem uma resposta eles começam a tocar!! Emotions, emotions... Cabeça balançando no ritmo da música, guitarras imaginárias em ação novamente, pulos e gritos... Cada pessoa fazia em seu tempo, mas TODAS faziam!!!!
Infelizmente "Seek and Destroy", foi a última música a ser tocada. Se soubéssemos que isso aconteceria, talvez não tivéssemos pedido... Meu pensamento mudou, agora era: "TUDO POR MAIS UM TEMPO COM METALLICA". Mas nada reforçou meu pensamento dessa vez... Infelizmente acabou. Infelizmente eles saíram do palco e foram embora.


Então resolvo mudar meu pensamento de novo: "FARIA TUDO POR METALLICA DE NOVO."
Para finalizar. Imaginei quantas pessoas dariam a vida para estar no meu lugar, presenciando tal momento tão inexplicável e tão maravilhoso, e EU estava lá. Me sentindo a pessoa mais feliz do mundo!!!!
Quebrados depois do melhor show,



a viagem de volta pra casa foi bastante tranquila. Dormi igual um anjinho e sonhei com cada momento vivido.
Então depois desse dia passei a considerar METALLICA não apenas como a melhor banda do mundo. Mas passei a considerar a MELHOR BANDA DO MUNDO, FORMADAS POR DEUSES E NÃO POR SIMPLES HUMANOS!





James, Kirk, Lars e Robert. Para MIM os verdadeiros deuses rock!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

P.s: Peço desculpas pela demora do texto.
A falta de computador atrasou a renovação do meu Blog.
Obrigada.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Desventuras, antes, durante e após uma viagem nada confortável...


É sempre tão bom viajar não acham?!
Eu discordo.
Então, como meu texto de estréia para meu blog, conto hoje à vocês as desventuras de minha viagem.
O que acha de começar a viagem com o carro estragado antes de sair de casa?! Eu não acho nada legal, principalmente quando se mora em Lagoa Santa e vai para casa de alguém para depois viajar. Quem nunca viu uma daquelas cenas de filme que o personagem está passando por um perrengue danado e solta aquela frase: "Não tem como piorar!" e então começa a chover? Comigo aconteceu o contrário. Eu estava em casa esperando minha carona, e estava chovendo muito, olho para minha irmã e digo: "Não tem como piorar!" tentando ser irônica. Então minha carona chega, eu e minha irmã saimos de casa (ela carregando uma mala com pouco mais de 40 quilos e eu segurando mil bolsas e sacolas) enquanto meu primo está nos esperando dentro do carro, e de repente, PIMPA! O carro não quer ligar. Adivinha o que fizemos? Tivemos que empurrar o carro numa rua de terra, que acabou virando lama devido a chuva. Muito bom não?! (obs: duas pessoas empurravam,eu e meu primo, enquanto uma guiava, minha irmã)
O melhor é que não acabou por ai...
No dia seguinte, na hora de sair de casa para viajar, PIMBA de novo... E o carro não funciona. Lá vamos nós empurrar de novo. Até então, quase tudo bem.


Chegamos em Belo Horizonte, empolgados para uma viagem de trem que duraria 14 horas, fiquei 3 dias imaginando uma viagem igual aquelas de filmes, com uma maria fumaça linda, fazendo FOM! FOM! enquanto pessoas davam tchau com as cabeças para fora da janela, e adivinhem... Não era NADA disso. Era simplesmente um trem normal, com o aparência semelhante a de um metrô, com 500 mil vagões e o nosso era o último. Quando finalmente entramos, chegamos ao nossos assentos, ele começa a andar, e não só andar, começa a fazer um barulho horrível, igual aqueles "PIIIIIIIIIIIS" que você escuta depois de ficar horas e horas ouvindo música, ou depois que alguém grita no seu ouvido. Quando penso que não, um menino, há duas poltronas atrás de mim, coloca seu telefone para tocar um ótimo funk pornô, na maior altura. Coloco meu fone de ouvido, e fico tranquilizada. Um problema solucionado.
Na hora do almoço, descubro que o restaurante fica há uns 11 vagões depois do meu. E lá vamos nos andar muuuuuuuuuuito. Não repetimos esse caminho muitas vezes... Só umas quatro, contando ida e volta.
E quando finalmente chego em casa, quando finalmente consigo ficar em pé, em terra firme, adivinhe... Não consigo ficar em pé. Tomo ,meu banho, pois se ficasse mais 2 horas dentro do trem, viraria um pote de minério de ferro ambulante e enquanto estou escovando os dentes, agora louca para dormi, sinto meu corpo gangorrando pra lá e pra cá, como se ainda estivesse dentro do trem.
É... Dura essa viagem não?! Mais para que meu texto não fique chato e vocês não pensem: "Que menina chata." "Ela só reclama!", vou encerrar meu texto dizendo que a viagem foi boa por cinco motivos: primeiro, minhas companhias. Obrigada Lulu, Pedro e Victor. Segundo: a paisagem era maravilhosa. Terceiro: como foi bom falar TREM no seu real sentido, e não usar tal palavra para definir qualquer coisa. Não liguem, isso é trem de mineiro. Quarto: nunca mais viajo de trem brasileiro de novo. E finalmente o quinto motivo: quando crescer irei para Londres, para realizar a viagem de trem que eu sonhei.